- Maria Francileide Oliveira Trajano, Verônica Maria Araújo Pontes, Katiane Almeida de Sousa
3 comentários
Curtir
3 comentários
xileide
24 de jan. de 2018
Esse resumo ajudará outros participantes interagirem na discussão!
Embora as tecnologias digitais tenham surpreendido os espaços educacionais com suas inúmeras vantagens no processo ensino-aprendizagem, o livro didático continua sendo o material pedagógico que domina o trabalho do professor em sala de aula e o mais acessível a todos alunos, além de ser, possivelmente, o único material palpável oferecido, por algumas escolas públicas, para ser utilizado pelos educandos, por isso a importância que em sua relação de conteúdos seja inserido assuntos de qualidade, atualizados e variados. Nessa pesquisa, nos referimos ao livro didático de Língua Portuguesa, pois o mesmo se apresenta como um suporte no qual se encontra uma grande diversidade de gêneros, que são retirados de seus contextos originais para serem objeto do trabalho pedagógico, os gêneros mais trabalhados por essa disciplina são das esferas jornalística, científica e literária, deixando a desejar o reconhecimento e o trabalho voltado para os aspectos característicos e comunicacionais dos gêneros digitais, deixando de atender as novas demandas de aprendizagem que se desenvolveram por meio dos avanços tecnológicos. No entanto, apenas alguns livros didáticos de Português trazem esse assunto, aqueles que contemplam esse assunto deixam muito a desejar, às vezes trazendo apenas como um estudo complementar ou apenas uma breve apresentação de sua existência, sem explorar os potenciais que esses gêneros podem oferecer a escolarização. A partir do exposto, objetivamos discutir a importância da inclusão dos gêneros digitais nos livros didáticos de Língua Portuguesa como metodologia para o ensino. Nosso procedimento metodológico está centrado na pesquisa documental do livro didático do primeiro ano do ensino médio da coleção “Português: contexto, interlocução e sentido” (ABAURRE M. L. et al. 2013), por meio da abordagem qualitativa iremos investigar qual o tratamento dado por essas autoras aos gêneros textuais digitais nessa obra e, na oportunidade, analisaremos como foram trabalhados para o desenvolvimento da aprendizagem nas séries desse nível de ensino. Para fundamentar as discussões é realizada uma pesquisa bibliográfica, que teve como suporte teórico as obras de Abaurre et al. (2013); Bogdan e Biklen (1994); Lüdke e André (1986); Silva (2017); Souza (2012), entre outras. Levantamos uma crítica sobre a forma que os gêneros digitais são incluídos nessa obra, pois na maioria das vezes, são apenas apresentados, sem nenhum propósito de relacionar ou desenvolver práticas pedagógicas, não são adaptados para fins de aprendizagem, por exemplo, os gêneros digitais blog, perfil individual, posts, mural e feed de notícias, scrapbook e um pequeno relato histórico do surgimento de algumas redes sociais, como Orkut, Facebook, Twitter e Instagram, são apenas descritos sucintamente, não remete os alunos à prática de atividades em sala de aula com esses gêneros. Essa forma limitada e tímida de apresentar os gêneros digitais nos livros didáticos não possibilita a transformação desses gêneros em objeto de ensino e aprendizagem, nem tampouco a tentativa atribui uma finalidade discursiva, valorizando o contexto de circulação e produção desses gêneros. Portanto, a inclusão deve ocorrer de forma significativa, não apenas inserir os gêneros digitais como assunto complementar ou apenas apresentando sua existência, é preciso inclui-los nas atividades didáticas propostas, explorando no contexto tanto quanto os demais gêneros trabalhados na obra.
Esse resumo ajudará outros participantes interagirem na discussão!
Embora as tecnologias digitais tenham surpreendido os espaços educacionais com suas inúmeras vantagens no processo ensino-aprendizagem, o livro didático continua sendo o material pedagógico que domina o trabalho do professor em sala de aula e o mais acessível a todos alunos, além de ser, possivelmente, o único material palpável oferecido, por algumas escolas públicas, para ser utilizado pelos educandos, por isso a importância que em sua relação de conteúdos seja inserido assuntos de qualidade, atualizados e variados. Nessa pesquisa, nos referimos ao livro didático de Língua Portuguesa, pois o mesmo se apresenta como um suporte no qual se encontra uma grande diversidade de gêneros, que são retirados de seus contextos originais para serem objeto do trabalho pedagógico, os gêneros mais trabalhados por essa disciplina são das esferas jornalística, científica e literária, deixando a desejar o reconhecimento e o trabalho voltado para os aspectos característicos e comunicacionais dos gêneros digitais, deixando de atender as novas demandas de aprendizagem que se desenvolveram por meio dos avanços tecnológicos. No entanto, apenas alguns livros didáticos de Português trazem esse assunto, aqueles que contemplam esse assunto deixam muito a desejar, às vezes trazendo apenas como um estudo complementar ou apenas uma breve apresentação de sua existência, sem explorar os potenciais que esses gêneros podem oferecer a escolarização. A partir do exposto, objetivamos discutir a importância da inclusão dos gêneros digitais nos livros didáticos de Língua Portuguesa como metodologia para o ensino. Nosso procedimento metodológico está centrado na pesquisa documental do livro didático do primeiro ano do ensino médio da coleção “Português: contexto, interlocução e sentido” (ABAURRE M. L. et al. 2013), por meio da abordagem qualitativa iremos investigar qual o tratamento dado por essas autoras aos gêneros textuais digitais nessa obra e, na oportunidade, analisaremos como foram trabalhados para o desenvolvimento da aprendizagem nas séries desse nível de ensino. Para fundamentar as discussões é realizada uma pesquisa bibliográfica, que teve como suporte teórico as obras de Abaurre et al. (2013); Bogdan e Biklen (1994); Lüdke e André (1986); Silva (2017); Souza (2012), entre outras. Levantamos uma crítica sobre a forma que os gêneros digitais são incluídos nessa obra, pois na maioria das vezes, são apenas apresentados, sem nenhum propósito de relacionar ou desenvolver práticas pedagógicas, não são adaptados para fins de aprendizagem, por exemplo, os gêneros digitais blog, perfil individual, posts, mural e feed de notícias, scrapbook e um pequeno relato histórico do surgimento de algumas redes sociais, como Orkut, Facebook, Twitter e Instagram, são apenas descritos sucintamente, não remete os alunos à prática de atividades em sala de aula com esses gêneros. Essa forma limitada e tímida de apresentar os gêneros digitais nos livros didáticos não possibilita a transformação desses gêneros em objeto de ensino e aprendizagem, nem tampouco a tentativa atribui uma finalidade discursiva, valorizando o contexto de circulação e produção desses gêneros. Portanto, a inclusão deve ocorrer de forma significativa, não apenas inserir os gêneros digitais como assunto complementar ou apenas apresentando sua existência, é preciso inclui-los nas atividades didáticas propostas, explorando no contexto tanto quanto os demais gêneros trabalhados na obra.