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alnishio
25 de jan. de 2018
Olá Luciane, primeiramente, obrigada pela atenção ao nosso trabalho. Essa pesquisa nos provoca constantemente em nossas práticas, ao elaborarmos planejamentos que envolvem questões curriculares. Nessa proposta, o trabalho de pesquisa em equipe provou uma fala do professor Moreira (2009, p.379)1 “[...] nessas conversas, deseja-se a confluência, mas não a homogeneização, de distintos modos de pensar, de imaginar e de improvisar. Nelas, autonomia, respeito e cosmopolitismo precisam ocupar lugares de destaque, para que não se desvalorizem ou se subjuguem discursos, vozes e interesses locais.” Ou seja, um grupo diversificado em relação à história de vidas, de formação e proposta de pesquisa se auxiliou mutuamente alcançando até objetivos não previamente estabelecidos. Isso mostra a provocação em nossas práticas educacionais. Diante da diversidade de histórias de vida, de comportamentos, das infinitas possibilidades de aprender, de transcender, de viver, verificamos a importância do debate constante que favorece o enriquecimento de novas propostas e que superem o pensamento “local” e desenvolva uma rede onde todos tenham as mesmas oportunidades de encontrar benefícios nesse debate.
1 MOREIRA, A. F. B. Estudos de Currículo: avanços e desafios no processo de internacionalização. Cadernos de Pesquisa, v.39, n.137, p.367-381, maio/ago. 2009.
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alnishio
25 de jan. de 2018
Olá Angeli Rose, primeiramente, obrigada pela atenção ao nosso trabalho. Prof. A.F.Moreira marcou nossa caminhada no curso de doutorado. Esse trabalho é um dos frutos dessa parceria. Agora, respondendo a sua pergunta, nota-se que o discurso baseado na linguagem sócio-interacionista, a partir do diálogo e da cultura, está associado a presença do outro para constituí-Io, exemplo disso é discurso progressista nas teorias lingüísticas. O discurso curricular se constitui pelo gênero do discurso que já existe, que, de acordo com Prado (2000)1, tem a seguinte construção composicional: o que deve ser o ensino, como deve ser o ensino e o que deve ser o conteúdo de ensino. Nessa direção, compreendemos como o campo da linguagem faz-se cada vez mais presente. É o que Bourdieu costuma dizer como: "Instituir, atribuir uma essência, uma competência, é ao mesmo tempo que impor direito de ser, que é também um dever ser (ou um dever de ser). É fazer ver a alguém que ele é e, ao mesmo tempo, lhe fazer ver que tem de se comportar em função de tal identidade. Neste caso, o indicativo e um imperativo." (Bourdieu, 1996, p. 100)2
2 Bourdieu, P. (1996) A economia das trocas lingüísticas: O que falar quer dizer.Prefácio: Sergio Miceli. São Paulo: EDUSP.
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Admin
24 de jan. de 2018
Ana Lisa e Jussara, tudo bem?
Uma das perguntas listadas por vocês nos slides é "Quais provocações os pesquisadores tiveram?". Pegando carona nela, gostaria de saber de vocês: o que a pesquisa que estão fazendo - em uma questão que é tão essencial - provoca (já provocou?) nas práticas docentes diárias de cada uma de vocês?
Abraços
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ANGELI ROSE
24 de jan. de 2018
Parabéns.O professor A.Flavio é uma referência indiscutivelmente determinante para pensarmos o currículo.(e ainda tenho o prazer de encontrá-lo eventualmente como vizinho no mesmo bairro,RJ!)Sem dúvida é de extrema relevância esta pesquisa,principalmente,considerando o recorte feito pelas pesquisadoras.Algumas questões decorrentes das atuais políticas públicas disparadas pelas agências financiadoras de pesquisa são norteadas por tais pontos sugeridos pelo trabalho.O que trago como reflexão, a partir de algumas experiências como professora-formadora e pesquisadora, é a importância dos fóruns virtuais como dispositivos garantidores de um diálogo democrático e democratizador entre pesquisadores de países diferentes,por exemplo.Cada vez mais este espaço e também ambiente de discussão e de aprendizagem tem colaborado para a geração de autorias compartilhadas,o que configura uma mudança importante para as construções no campo da EDUCAÇÃO e da pesquisa em educação.Nesta direção,o campo da linguagem faz-se cada vez mais presente,inclusive,como ponto político de uma comunidade de investigadores.O que pensam sobre isso?ou a partir disso?
Olá Luciane, primeiramente, obrigada pela atenção ao nosso trabalho. Essa pesquisa nos provoca constantemente em nossas práticas, ao elaborarmos planejamentos que envolvem questões curriculares. Nessa proposta, o trabalho de pesquisa em equipe provou uma fala do professor Moreira (2009, p.379)1 “[...] nessas conversas, deseja-se a confluência, mas não a homogeneização, de distintos modos de pensar, de imaginar e de improvisar. Nelas, autonomia, respeito e cosmopolitismo precisam ocupar lugares de destaque, para que não se desvalorizem ou se subjuguem discursos, vozes e interesses locais.” Ou seja, um grupo diversificado em relação à história de vidas, de formação e proposta de pesquisa se auxiliou mutuamente alcançando até objetivos não previamente estabelecidos. Isso mostra a provocação em nossas práticas educacionais. Diante da diversidade de histórias de vida, de comportamentos, das infinitas possibilidades de aprender, de transcender, de viver, verificamos a importância do debate constante que favorece o enriquecimento de novas propostas e que superem o pensamento “local” e desenvolva uma rede onde todos tenham as mesmas oportunidades de encontrar benefícios nesse debate.
1 MOREIRA, A. F. B. Estudos de Currículo: avanços e desafios no processo de internacionalização. Cadernos de Pesquisa, v.39, n.137, p.367-381, maio/ago. 2009.
Olá Angeli Rose, primeiramente, obrigada pela atenção ao nosso trabalho. Prof. A.F.Moreira marcou nossa caminhada no curso de doutorado. Esse trabalho é um dos frutos dessa parceria. Agora, respondendo a sua pergunta, nota-se que o discurso baseado na linguagem sócio-interacionista, a partir do diálogo e da cultura, está associado a presença do outro para constituí-Io, exemplo disso é discurso progressista nas teorias lingüísticas. O discurso curricular se constitui pelo gênero do discurso que já existe, que, de acordo com Prado (2000)1, tem a seguinte construção composicional: o que deve ser o ensino, como deve ser o ensino e o que deve ser o conteúdo de ensino. Nessa direção, compreendemos como o campo da linguagem faz-se cada vez mais presente. É o que Bourdieu costuma dizer como: "Instituir, atribuir uma essência, uma competência, é ao mesmo tempo que impor direito de ser, que é também um dever ser (ou um dever de ser). É fazer ver a alguém que ele é e, ao mesmo tempo, lhe fazer ver que tem de se comportar em função de tal identidade. Neste caso, o indicativo e um imperativo." (Bourdieu, 1996, p. 100)2
1 https://www.fe.unicamp.br/pf-fe/publicacao/2086/33-artigos-pradogvt.pdf
2 Bourdieu, P. (1996) A economia das trocas lingüísticas: O que falar quer dizer.Prefácio: Sergio Miceli. São Paulo: EDUSP.
Ana Lisa e Jussara, tudo bem?
Uma das perguntas listadas por vocês nos slides é "Quais provocações os pesquisadores tiveram?". Pegando carona nela, gostaria de saber de vocês: o que a pesquisa que estão fazendo - em uma questão que é tão essencial - provoca (já provocou?) nas práticas docentes diárias de cada uma de vocês?
Abraços
Parabéns.O professor A.Flavio é uma referência indiscutivelmente determinante para pensarmos o currículo.(e ainda tenho o prazer de encontrá-lo eventualmente como vizinho no mesmo bairro,RJ!)Sem dúvida é de extrema relevância esta pesquisa,principalmente,considerando o recorte feito pelas pesquisadoras.Algumas questões decorrentes das atuais políticas públicas disparadas pelas agências financiadoras de pesquisa são norteadas por tais pontos sugeridos pelo trabalho.O que trago como reflexão, a partir de algumas experiências como professora-formadora e pesquisadora, é a importância dos fóruns virtuais como dispositivos garantidores de um diálogo democrático e democratizador entre pesquisadores de países diferentes,por exemplo.Cada vez mais este espaço e também ambiente de discussão e de aprendizagem tem colaborado para a geração de autorias compartilhadas,o que configura uma mudança importante para as construções no campo da EDUCAÇÃO e da pesquisa em educação.Nesta direção,o campo da linguagem faz-se cada vez mais presente,inclusive,como ponto político de uma comunidade de investigadores.O que pensam sobre isso?ou a partir disso?